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Tradución especializada económico-comercial: Portugués-Galego-Portugués / Portugués-Español-Portugués
(Prof. Silvia Capón Sánchez)
Numa altura em que destacam a criação e o desenvolvimento de atividades económicas dentro do espaço da União Europeia, o exercício da profissão de tradutor tem-se tornado um elemento fulcral nos processos de estabelecimento, e difusão das empresas, e garantia de sucesso de atividades económicas nas áreas mais diversas. Isto aconteceu na sequência da expansão internacional de empresas que operam em diferentes âmbitos comerciais e profissionais, de 2016 em diante, e ainda, claro, no contexto de uma certa recuperação da economia após a crise que abalou as economias ocidentais.
Assim sendo, tem-se vindo a verificar um crescimento das atividades comerciais entre Espanha e Portugal, cujos sinais de recuperação podem ser a abertura de agências, o aumento dos investimentos e das operações lucrativas em geral envolvendo, nomeadamente, Espanha e Portugal. Menos recentemente, já desde 2013-14, as trocas comerciais entre Espanha, o Brasil, Angola ou Moçambique têm vindo a aumentar significativamente (segundo a CEOE, Espanha é um fornecedor europeu relevante para o Brasil, com 4.020 milhões de dólares de despesa em 2016), para além de ser um dos destinos favoritos para investidores.
É neste contexto que a tradução comercial e económica entre português, espanhol e galego se revela como uma ferramenta útil para quem pretende construir uma carreira sólida como(a) tradutor(a), seguindo um caminho dentro do nosso espaço económico e cultural imediato, e ainda dos espaços menos imediatos com os quais podemos partilhar história, cultura, língua…
Embora nem sempre seja evidente, a tradução económico-comercial exige do(a) tradutor(a) alguns conhecimentos além da simples equivalência ou proximidade de termos técnicos. Sendo que envolve áreas de relação com diferentes estamentos públicos, por força em muitas ocasiões será preciso adaptar os usos culturais, as atribuições das diferentes repartições públicas, ou inclusivamente certas nomenclaturas relativas à hierarquia profissional dentro das empresas.
Por consequência propomos, com esta cadeira, iniciar uma viagem comercial por três continentes: Europa, América e África, com destaque, como é óbvio, para a Europa, por ser o contexto em que nos encontramos imersos. O salto aos outros dois continentes justifica-se pela força da presença do português como língua oficial e falada por mais de 200 milhões de pessoas, e pela projeção comercial que resulta desta circunstância.
Se damos uma vista de olhos ao volume de intercâmbio de mercadorias entre Espanha e Portugal (mais de 45 milhões de toneladas em 2015), podemos intuir as dimensões que este nicho do mercado da tradução pode chegar a atingir. Pensemos que todas essas mercadorias precisam de apresentar informações nas duas línguas. Pensemos que toda a empresa que pretenda desenvolver as suas atividades além-fronteiras deverá, iniludivelmente, traduzir os seus documentos internos. Pensemos que as firmas, quando enfrentam o mercado espanhol e português, o fazem de maneira conjunta, aproveitando como uma oportunidade o facto de convivermos no espaço geográfico peninsular.
8.º Relatório do Observatório Transfronteiriço Espanha/Portugal
Tomando como base esta situação, torna-se imprescindível para um tradutor que pretenda trabalhar com aquelas línguas abordar o estudo e o conhecimento de este tipo de textos, com as suas respetivas convenções.
A cadeira será ministrada integralmente em português, e irá fornecer ao alunado uma série de recursos orientados à consecução de trabalhos de qualidade, rigor e compreensão além dos campos semânticos.
Como atividades, os(as) estudantes poderão criar textos e resolver atividades de diversos tipos (vocabulário, estruturas), com o intuito de adquirir experiência e aprender as convenções de cada língua em matéria de linguagem comercial e empresarial.