Eixo

nº1

Tradução e interpretação na era digital

 

Coordenação:

José Yuste Frías

São muitas as profissões e indústrias nas quais o desenvolvimento das novas tecnologias e a inteligência artificial provocaram uma grande mudança nas tarefas automatizáveis. O exercício profissional da tradução e interpretação é uma dessas atividades digitalizadas: hoje em dia proliferam novas formas de trabalhar em tela que, aparentemente, parecem outorgar mais flexibilidade, colaboração e eficiência ante qualquer encargo real de tradução e interpretação.

Desde o seio do Grupo de Pesquisa Tradução & Paratradução (T&P) da Universidade de Vigo, organizamos este Congresso Paratradit-2024_UVigo_T&P esperando receber propostas de reflexão e resultados práticos sobre como capitalizar de maneira positiva dita (r)evolução digital tanto na docência universitária quanto no exercício profissional da tradução e interpretação, procurando não perder de vista três objetivos:

  • Aumentar os potenciais benefícios que oferecem as tecnologias linguísticas e a inteligência artificial na formação universitária, bem como no exercício profissional da tradução e interpretação.
  • Identificar os possíveis limites das novas tecnologias na hora de Traduzir e Interpretar no Meio Social (TIMS). Os âmbitos de saúde, educação e justiça social do serviço público precisam, hoje mais que nunca, do calor humano da presença (física ou virtual?) de quem traduz e interpreta não só a pessoa que provê o serviço público, como também a pessoa migrante alófona que o utiliza. As telas reforçam ou entorpecem o trabalho de quem exerce de maneira profissional a TIMS?
  • Advertir os riscos reais que, para a formação de quem aspira a ser profissional da tradução e interpretação, implica o uso exclusivo das telas.

Tudo isso com a finalidade primordial de descrever a mutação conceitual do que significa traduzir e interpretar no século XXI. A seguir, apresentamos uma breve lista dos possíveis temas que gostaríamos de tratar neste primeiro eixo do Congresso. Atenção: essa lista é, simplesmente, orientativa e estamos abertos a outras propostas originais que possam tratar de qualquer aspecto concernente à Tradução e interpretação na era digital:

  • «Novas» tecnologias e modelos didáticos adaptados à formação universitária em tradução e interpretação
  • Recursos tecnológicos na Internet
  • Recursos linguísticos na Internet: os exemplos dos recursos linguísticos do Seminário de Linguística Informática (SLI) da Universidade de Vigo aplicados à tradução
  • TA (Tradução Automática): o exemplo da plataforma livre Apertium para a tradução automática entre 32 línguas
  • TAC (Tradução Assistida por Computador) e ferramentas de controle de qualidade nos processos de tradução 
  • Memórias de tradução e memória do/da tradutor/a
  • Ferramentas de revisão e correção
  • Ferramentas de pós-edição
  • Ferramentas de autoedição
  • Ferramentas de garantia de qualidade
  • Ferramentas de localização
  • Ferramentas para a Tradução e Interpretação no Meio Social (TIMS)
  • Processamento de textos (macros, comandos, truques e atalhos vários)
  • Sistemas de autoria
  • Gestão documental e terminológica
  • Gestão de projetos de tradução
  • Gestão digital dos serviços de interpretação
  • Interpretação a distância: Interpretação Simultânea Remota (ISR) e com cabine digital
  • Reconhecimento vocal para a transcrição de textos: da voz ao texto
  • Legendagem em direto: teclado estândar (QWERTY-AZERTY); teclado VELOTYPE; estenotipia; refalada
  • Aplicativos para celular